Fui assistir hoje a um Workshop de Psicologia com o tema: "Fome Emocional". Este tema diz-me muito, uma vez que tem sido uma realidade que de vez em quando me acontece, que me obriga a ter uma força interior muito grande, e que me deixa muito angustiada.
Antigamente, ter episódios de comer de forma compulsiva e descontrolada era vulgar... chegava a sair de casa de propósito para comprar comida e comer desalmadamente até me sentir enjoada, principalmente quando o meu filho estava com o pai e eu me sentia mais sózinha.
Hoje já não sinto tanto isso, ou melhor já não me entrego a isso com tanta facilidade. E mesmo quando por vezes, como qualquer coisa, na tentativa de me compensar de algo, fico rapidamente mal disposta. Além de que tenho um "grilo falante", com a voz do Tiago Barbosa, a sussurrar-me ao ouvido e a dizer-me que me vou arrepender...
Mas é uma luta comigo mesma, eu sinto que é. Tento manter-me distraída, quando me acontece durante o dia vou ao ginásio, treino e depois passa-me. Mas à noite é mais difícil. Principalmente quando estou sózinha e não tenho nada para fazer que me absorva.
Hoje ao ouvir falar sobre este tema, senti que afinal não é uma fraqueza minha. Percebi que há mecanismos fisiológicos que explicam isto. Percebi que associado à fome emocional, estão problemas que sinto também, como as insónias. Normalmente nunca consigo dormir mais do que umas 4 ou 5 horas... e dificilmente seguidas. Levanto-me de manhã cansada e irritada...
Foi-nos aplicado um breve questionário, com o objetivo de tentarmos perceber os motivos que nos levam a ter episódios de fome emocional. O resultado, embora não me tenha surpreendido, deixou-me triste. É o lado da psicologia que me assusta e que me deixa sempre "desconfiada" dos psicólogos. Sinto que me "lêem" ...
O resultado do questionário foi "solidão". Nada que eu não tivesse percebido. Mas ao deparar-me com ele depois de cerca de 20 questões, aparentemente inocentes, fez-me pensar que ainda tenho um longo caminho pela frente... e não é apenas lidar com o peso.
Sinto que já estou muito melhor do que era no passado...mas há muito que fazer para ultrapassar os fantasmas que continuam a teimar em aparecer...
Como eu te percebo... Também sofro de fome emocional embora agora consiga controlar muito melhor os episódios de compulsão... Quanto à solidão, acredita que mesmo casada, com filhos e amigas verdadeiras há alturas em que me sinto verdadeiramente só... Temos de aprender a lidar com isso e mais nada.
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