domingo, 30 de junho de 2013

Praia, praia... e praia

E o calor parece que finalmente veio dar-nos o ar da sua graça!! Adoro o verão e o calor... sempre gostei muito de praia, desde miúda e acho que se pudesse morava perto da praia. O mar transmite-me calma, adoro sentir o sol na pele e ver a pele bronzeada. Durante quase toda a minha vida, ir à praia era um misto de emoções... se por um lado, achava que não podia privar o meu filho de sol e mar, por causa da minha baixa auto-estima e da minha vergonha em estar de fato de banho, por outro sentia que me fazia bem deitar-me ao sol (desde que não encontrasse alguém conhecido...).

E hoje... 40 kilos depois... já não tenho vergonha de ir à praia. Já não me sinto inibida de usar bikini. Continuo a adorar praia. 

Mas, ainda não me sinto completamente à vontade. Pode parecer estúpido, mas o ser humano nunca está totalmente satisfeito... e mesmo quando consegue mudar, há sempre qualquer coisa que queríamos mais...e melhor. E falo disto a propósito da pele solta que me ficou na barriga e nas pernas. Está feio... na barriga está enrugada, parece que tive um filho há uns meses... nas pernas há uma espécie de bolsas laterais... tipo uns bolsos... de pele solta. Sinto os músculos durinhos por baixo é certo... mas aquele excesso de pele é-me desconfortável. 

E sei que isto não vai mudar muito. Já não tenho elasticidade na pele que permita ela regenerar... são as marcas de um passado, que vão ficar e que me vão sempre lembrar daquilo que fui, do que fiz (ou não fiz) por mim durante anos... a solução é continuar a lutar e aceitar ... e gostar de mim assim.

sábado, 22 de junho de 2013

Semana de treino a meio gás

Semaninha difícil. Não consegui treinar como estou habituada, e ressenti-me. Só fiz bi-diários na 2ª e nos outros dias, como só fui treinar à noite tentei empenhar-me e dar o litro. Mas sentia as pernas mais cansadas que o habitual e estava dorida. 
É certo que andei nervosa com estas idas à escola em vão, apenas para assinar atas de reuniões que não se realizaram, cheguei a enganar-me em horários, devido às mudanças sucessivas de horários das reuniões, vemos que temos o trabalho para fazer e o tempo passar e não ser feito. Não vou falar aqui dos propósitos que levam a isto, nem manifestar as minhas convições mas que tenho andado ansiosa, isso tenho. 
Tenho sentido alguma dificuldade em manter-me focada na alimentação... principalmente quando estou sózinha, ao fim de semana e ao final do dia. Parece que "preciso" de compensar o meu corpo e a minha cabeça com açúcar... é uma luta mesmo. Tem sido a maior dificuldade em todos este processo. Quando ando de um lado para o outro, quando estou com pessoas, quando estou distraída, não sinto vontade de prevaricar... aliás já me tem acontecido levar comigo um pacotinho de bolachas ou uma barrinha de cereais e não ter vontade de as comer... mas ao me sentir mais sózinha ou sem nada para fazer... é difícil mesmo.
Sei que preciso aprender a lidar com esta dificuldade... tentar arranjar formas de me distrair com coisas que me iludam a procura de açúcar. Principalmente quando estou sózinha em casa. Porque se estiver na rua, mesmo sózinha já não sinto esta suposta vontade... Tenho mesmo que aprender a lidar com isto...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manter a motivação em alta

Fazer periodicamente uma auto análise para nos certificarmos se estamos no caminho certo ou não, é fundamental. Por vezes temos tendência a fantasiar demais...a perder tempo valioso. Há que ter os pés bem assentes na terra! Devemos estabelecer alvos pessoais, profissionais e espirituais. É primordial executá-los de uma forma determinada. O que significa isso? Agir com determinação significa começar algo e terminar. Não deixar nada a meio ou desistir. Nunca desistir! É imprescindível motivarmo-nos constantemente para acreditarmos nas nossas capacidades e no nosso potencial. Só desta maneira é que andaremos pela vida com determinação em tudo o que fizermos. Todas as pessoas que nos rodeiam vão notar isso! Porque sem querer vamo-nos tornar uma inspiração para todos aqueles que estão tristes ou na inércia, seja qual for o motivo. É como se fosse uma consequência, mas positiva: Vamos ajudar as outras pessoas...ajudar o "próximo". Isso é muito bom! Vamos concerteza ficar mais felizes, pois de uma forma muito simples e altruísta vamos melhorar o "mundo" que nos rodeia :)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

"Tás tão diferente!"

Pois... eu mudei... 
Deixei de lado a pessoa fechada, enfadonha, triste e de mal com a vida. Hoje sorrio mais, olho mais à minha volta, mexo-me mais, busco a minha felicidade.
Se tenho tudo o que quero? Não, mas também não me resigno. Hoje sinto-me forte para ir à luta. Por vezes, vou-me abaixo, é certo, mas não desisto de mim. 
Porque digam lá o que disserem mas o nosso corpo tem uma influência enorme na nossa cabeça e na forma como encaramos a vida. Só quem passa por isso sabe dar o valor. 

Por isso mudei, sim... por mim e pra mim :)

terça-feira, 4 de junho de 2013

A Vida após a perda de peso

Quando uma pessoa passa por um processo como eu passei, em que a nossa imagem muda, e temos praticamente que aprender a lidar com o nosso novo eu, surgem muitas dúvidas, dificuldades em aceitar as mudanças, dificuldades em perceber que o corpo mudou mas a cabeça demora mais um pouco, etc.

E muita gente pode pensar que isto é conversa da treta e dizerem: "Olha aquela agora tem o corpo definido, e ainda está com macaquinhos no sotão!"

O problema é que a cabeça demora para mudar... ainda hoje passados dois anos, eu tenho algumas dificuldades em aceitar certas coisas. Ainda me olho ao espelho a procura de defeitos em vez de valorizar as mudanças. Ainda tenho medo de me pesar. Ainda sinto que tenho medo de ser rejeitada. Ainda me sinto desconfortável com os homens. Pode parecer estúpido, mas é a realidade. Vivi toda a vida sempre na retranca, tentando esconder-me, não gostando do que via no espelho, sentido-me excluída. Se calhar era eu mesma que me excluía... hoje tenho a noção que era isso mesmo, mas não era fácil. Lembro-me de ir à praia com o meu filho e perguntar-lhe sempre que via uma mulher mais gorda se era mais gorda que eu... ele bem tentava dar a volta à resposta, para eu não me sentir mal... mas era inevitável.

A primeira vez que fui à praia com ele depois de ter perdido os 40 kilos, ao passar uma gordinha por nós ele disse-me logo: "Não me vais voltar a fazer aquela pergunta, pois não?" Dei-me conta nesse momento que ele também se sentia desconfortável com a mãe ser gorda e ainda por cima estar a pô-lo à prova... Hoje ele tem uma atitude tão diferente comigo... outro dia eu passei pelo café onde ele estava com os colegas e disse-lhes que eu (a mãe) ia a passar lá fora. Eles não acreditaram que era eu!! Ele apostou com eles e veio cá fora chamar-me... eu à toa, sem perceber nada fui com ele lá dentro e ouço-o dizer: "Eu disse que esta é a minha mãe!" Este é um daqueles prémios que para mim vale tudo!!! Sentir o orgulho que o meu filho mostra em mim!

Aqui há uns dias, saiu-se com uma nova. Perguntou-me porque não arranjava um namorado. Acho que fiquei mais atrapalhada do que ele ficaria se fosse eu a perguntar-lhe isso a ele... Nem sabia o que havia de dizer. E ainda explicou!!! Disse que agora vê que tenho um grupo de amigos e que sente que ando mais feliz... só me falta mesmo é um namorado!!! Será normal com 16 anos dizer isto à mãe?????? E que é suposto eu dizer???  Fiquei mesmo à toa... este meu filho é especial mesmo...