segunda-feira, 6 de maio de 2013

Porque nem sempre sorrimos com o coração...

Ao fim de 2 anos de luta, de ter provado a mim mesma que sou mais forte do que imaginava, e de ter conseguido mudar a forma como encaro a vida, hoje sinto-me cansada e triste. 
Consegui mudar o meu corpo, a minha cabeça, aprendi a gostar de mim, tentei aproximar-me do mundo que me rodeia, sorrir mais, ouvir mais, e aprender.. sempre.
Apaixonei-me pelo exercício, tento desafiar-me todos os dias um pouco mais. 

Mas... para quê?

Ontem foi o Dia da Mãe. Passei o dia com o meu filho... mas ele nem um beijo me deu. A minha família que no início tanta força me deu, agora se não sou eu a dar notícias, estou esquecida. Sinto-me desamparada, sózinha, carente. Tenho amigos, pessoas fantásticas que têm sido a minha força e o meu apoio... mas não é a mesma coisa. 

Estar em casa sózinha, tem sido uma verdadeira tortura. Uma luta comigo mesma porque inevitavelmente penso em comer. Não tenho tido compulsões, é certo, mas ando uma pilha de nervos. O que me tem valido é o ginásio, onde me entrego às aulas, para tentar deixar lá, para além do suor, todas as neuras...

Hoje o Tiago disse-me que antes de procurar resolver a vontade de prevaricar na comida, tentar resolver aquilo que leva a ter essa vontade. É verdade.. mas sinto-me cansada... 
Quase me arrisco a dizer que me sinto pressionada. Tanta gente nos ultimos dias a dizerem-me que sou um exemplo, uma fonte de inspiração, uma pessoa determinada e com uma força de vontade enorme, e eu a consumir-me por dentro...

Não está fácil...

2 comentários:

  1. Cada família é um caso, mas, por exemplo, a minha não é de ligar todos os dias nem de andar sempre aos abraços, mas quando é preciso estamos lá. E o teu filho não te dar um beijo... Não sei que idade ele terá, mas eu quando era mais nova também não era muito de demonstrar afecto físico pela minha mãe (agora sou mais), não é por mal, é feitio.

    Espero que passes esta fase e tudo de bom. Beijinhos

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  2. Aprendi eu que não tem problema sermos nós a dar o primeiro passo. Temos é que ver como esse nosso passo é recebido, eliminando as expectativas de reacções da contra-parte.
    Neste momento creio que estás preocupada com algo que não queres admitir e queres a família por perto mas não sabes como tê-los sem lutar contra o ego. Ora..o ego é um passageiro horrível e que só nos faz perder as viagens mais fantásticas da Vida.
    Queres um beijo do filho? Dá tu nele.
    Queres ligar a família? Liga-os.
    Mas uma coisa é certa, quando deixares de ter expectativas nas pessoas, as coisas parecerão mais simples e a vida menos complicada e sem tempo para depressões.

    P.S: eu não sou muito de abraços a família, e eles sabem, mas quando os quero por perto...eles não hesitam.

    Perdoa se fui muito "blunt" :)
    Beijos e FORÇA!!

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